LOCAL
Forno Grande, zona rural de Castelo – ES (ver no mapa).
HORÁRIO
Aberto todos os dias, das 8h às 17h.
PREÇO
A entrada no parque é gratuita.
Esse artigo é para quem quer curtir a natureza e adora um lugar sossegado. Que tal curtir um parque com trilhas, piscinas naturais, fauna e flora de encher os olhos e até um mirante que dispensa adjetivos.
Então, vamos te apresentar um parque pouco conhecido no Espírito Santo, mas que possui muitos atrativos naturais para você se encantar e divertir, o Parque Estadual do Forno Grande.
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Sobre o Parque Estadual do Forno Grande
O Parque Estadual do Forno Grande fica localizado em Forno Grande, zona rural do município de Castelo, no Espírito Santo. Assim, a aproximadamente 124 km da capital Vitória, o parque possui 913,15 hectáres de muita natureza para você admirar na região da Montanhas Capixabas.
Mas o parque ainda é uma unidade de conservação de áreas naturais, aberto para visitação. Desse modo, o local é administrado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo.
O parque abre todos os dias, das 8 às 17 horas, mas para fazer as trilhas você deve chegar até no máximo 14h30mim.
Contato: (28) 3542-3257 ou pefg.iema@gmail.com.
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Como fomos parar no Parque Estadual do Forno Grande
Conhecemos o Parque Estadual do Forno Grande por acaso, pois a nossa intenção na verdade era ir até o Parque Estadual da Pedra Azul, em Domingos Martins, para curtir suas piscinas naturais.
Já estávamos combinando de ir até o Parque Estadual da Pedra Azul há muito tempo, mas sabe quando sempre acontece alguma coisa e você nunca consegue ir ao lugar combinado? Então, foi assim com a gente. Mas felizmente conseguimos marcar um dia para fazer esse passeio.
Assim, acordamos cedo e saímos de casa por volta das 7h30mim. Estávamos em Guarapari, uma cidade vizinha da capital Vitória e a viagem de Guarapari até Pedra Azul dura em média 1h40mim de carro.
Para conhecer a região das Montanhas Capixabas é ideal estar de carro, pois muitas atrações são mais afastadas do centro da cidade, principalente o Parque Estadual da Pedra Azul e Parque Estadual do Forno Grande. Compare aqui os melhores preços para alugar um carro e ainda divida em até 12 vezes no cartão.
Contudo, encontramos um acidente na estrada que gerou bastante trânsito. Ainda pegamos um caminho alternativo (indicado por um morador do local) para desviar do trânsito, mas tudo isso atrassou bastante a viagem.
Assim, chegamos ao Parque Estadual da Pedra Azul por volta das 10h30mim. Apesar do atraso, pensamos que tínhamos o resto do dia para curtir as piscinas naturais do local.
1ª parada: Parque Estadual da Pedra Azul (Domingos Martins)
Chegando ao Parque Estadual da Pedra Azul paramos para tomar um chocolate quente, que não pode faltar no passeio para as Montanhas Capixabas. Assim, somente depois do chocolate e tirar algumas fotos começamos a primeira parte da trilha (800 metros) para chegar até a base do parque, onde realmente começa a trilha para as piscinas naturais.
Super animadas e com o dia lindo, ao chegar na base do parque fomos informadas pelo guarda que a trilha já estava fechada. Oh tristeza que bateu naquela hora. Imagine você sair de casa para fazer um passeio, mas quando chega lá não pode.
O Parque Estadual da Pedra Azul recebe por dia 150 pessoas (isso em todas as trilhas). Então quando atinge esse limite, o parque fecha o acesso às trilhas. Como era em um sábado, as trilhas tinham sido fechadas às 9 horas da manhã. Então, se você pretende visitar o Parque Estadual de Pedra Azul chegue antes das 9 horas na base do parque, já na entrada das trilhas.
Desse modo, como já tínhamos andado 800 metros para chegar até a base do parque aproveitamos para descansar um pouco. Durante o descanso ouvimos até uma história de onça, sabe aquela história que as pessoas costumam contar que chegaram perto da onça e até fizeram carinho nela. Então, ouvimos essa história do guarda ambiental do lugar.
Certamente ele estava fazendo isso para entreter todo mundo que tinha perdido a viagem. E após a famosa história da onça, o guarda ambiental nos indicou o Parque Estadual do Forno Grande, até então nem tínhamos ouvido falar nesse parque.
Mas como ele falou que ficava a apenas 26 km do Parque Estadual da Pedra Azul, nos aventuramos em ir. Rapidamente descemos os 800 metros e seguimos viagem para o Parque Estadual do Forno Grande.
Caminho até chegar ao Parque Estadual do Forno Grande
O guarda do Parque Estadual da Pedra Azul nos ensinou o caminho mais fácil para chegar ao Parque Estadual do Forno Grande. Mas é claro, lembramos apenas um trecho do caminho e o restante teve que ser pelo Google Maps, nosso salvador nas viagens.
Pelo caminho que o guarda ensinou íamos andar apenas 2 km de estrada de terra. Assim, quando pegamos uma estrada de terra que o Google Maps ensinou pensamos: “Opa, só mais 2 km e chegaremos finalmente ao parque”.
E quem disse que foi isso que aconteceu? É claro que não. E começamos a andar, andar e nada. De vez em quando passávamos por uma placa que indicava a direção do parque. Pelo menos estávamos no caminho certo.
Mas andamos muito pela estrade de terra e sempre que víamos alguém era hora de pedir informações. No entanto, a coisa mais difícil era encontrar pessoas, já que era roça. Depois de andarmos por aproximadamente 40 minutos de estrada de terra chegamos na estrada asfaltada, aquele sim era o caminho (se tivéssemos acertado desde o início).
Então, depois de alguns minutos pegamos novamente uma estrada de terra. Mas dessa vez era apenas 2 km de estrada de terra para chegar ao Parque Estadual do Forno Grande.
Fique atento a rota do Google MAPS, pois muitas pessoas, assim como nós pegam esse caminho com mais estrada de terra. E esse definitivamente não é a melhor rota para chegar ao Parque Estadual do Forno Grande.
Parque Estadual do Forno Grande
E finalmente avistamos o parque e chegamos ao nosso destino. Logo que entramos, o guarda do local indicou o estacionamento. O estacionamento é pequeno, mas como o parque não recebe muitos visitantes, sempre terá uma vaga.
No parque alguns funcionários logo recepcionam os visitantes e explicam sobre o lugar.
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História do Parque Estadual do Forno Grande
A Reserva Florestal foi criada em 31 de outubro de 1960, com o objetivo de conservar a fauna e a flora do local. Em 1998 passou a se chamar Parque Estadual do Forno Grande.
O relevo do local é montanhoso, com variação altimétrica de 1.200 a 2.039 metros, culminando no Pico do Forno Grande. O Pico do Forno Grande era ponto de referência para as caravanas que passavam pelo local, rumo a Minas Gerais, a fim de explorarem ouro.
Assim, a área em torno do Parque Estadual do Forno Grande é caracterizada pela influência da colonização italiana, onde predomina a cultura do café, morango e hortaliças. Inclusive, em vários locais que passamos pela estrada de terra (e foi muito que andamos) encontramos várias plantações.
O Pico do Forno Grande foi batizado com esse nome devido à sua semelhança ao forno de assar pães, tipicamente utilizado pelos imigrantes.
Atrações do Parque Estadual do Forno Grande
Após falar um pouco sobre o lugar, o funcionário do parque nos levou até o Centro de Visitantes. Nesse centro você vai encontrar muitas coleções de fauna e flora, além de banheiros e bebedouro.
Antes de dar início a trilha, é entregue um formulário para preencher e assinar. Nele você assume o risco ao subir a trilha, já que o lugar é Mata Atlântica e possui animais peçonhentos.
Logo após, o funcionário nos levou até o início das trilhas. Assim, o parque possui 04 trilhas de nível fácil e médio, onde uma é continuação da outra. As trilhas são auto guiáveis, não dá para se perder.
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Trilha da Cachoeira
Assim começamos nossa trilha. A primeira trilha que você vai encontrar é a Trilha da Cachoeira. Ela é de nível de dificuldade fácil e para chegar a cachoeira é preciso percorrer 290 metros.
No final você vai encontrar uma cachoeira com queda d’água de aproximadamente 30 metros de altura. Mas não é possível tomar banho, fica por conta apenas de tirar fotos e admirar a natureza.
Cntudo, um pouco mais para baixo, você vai encontrar alguns poçinhos de água em meio às rochas. Nos aventuramos ali mesmo e damos uma refrescada no calor, ninguém é de ferro para resistir a uma água geladinha.
Se você optar em fazer apenas esse percurso, a duração média será de 30 minutos, ida e volta. Mas te aconselhamos a fazer toda a trilha, que será sucesso e o visual é incrível. Essa parte da trilha é feita em meio a Mata Atlântica.
Trilha da Santinha
Após se refrescar um pouco e fazer um lanchinho, porque cada parada tem que repor as energias com um pequeno lanche, seguimos nossa trilha, dessa vez a Trilha da Santinha.
Essa é outra trilha com nível de dificuldade fácil e possui 400 metros de distância. No final da Trilha da Gruta da Santinha você vai encontrar uma gruta natural com a imagem da Nossa Senhora Aparecida.
Tendo em vista a trilha ser na Mata Atlântica, o caminho será com muitas árvores e bem fresquinhos, sendo que a duração média dessa trilha (ida e volta) é de 1 hora de caminhada.
Trilhas dos Poços Amarelos
Essa é a trilha preferida dos visitantes do parque. Mas como nem tudo são flores, ela é uma trilha de nível de dificuldade médio. E podemos dizer, foi um pouco cansativo fazer essa trilha.
A trilha possui muitas escadinhas disfarçadas, foi um exercício e tanto. Afinal para que fazer academia se você pode malhar na trilha.
A distância dessa trilha é de 850 metros e esse foi os 850 metros mais longos que já andei na vida.
Ao longo das trilhas você vai encontrar duas bicas de água natural (não lembramos ao certo em qual trilha encontramos as bicas). A água é apropriada para beber e o melhor de tudo é geladinha. Então se até essa altura da trilha você já esgotou sua garrafinha de água, não se preocupe, é só repor a água na bica.
Mas ao terminar a trilha você vai encontrar um conjunto de piscinas naturais de cor amarela, devido à quantidade de ferro existente na água.
O local tem várias piscininhas com tamanhos e profundidades variadas. Mas no geral todas são rasas. Assim, os Poços Amarelos são ótimo para relaxar em meio a natureza.
Nos Poços Amarelos você ainda vai encontrar uma pequena cobertura com banquinhos, se quiser deixar sua mochila ou ainda trocar de roupa. Então o local é ideal para tomar banho, descansar e desfrutar da bela natureza.
Nos Poços Amarelos paramos por alguns minutinhos para beber água e fazer o lanche de todas as paradas, afinal queríamos fazer a trilha completa.
Eu sei que quando você chegar nas piscininhas naturais, talvez já esteja satisfeito e não queira mais andar. Mas nossa dica é continue a trilha, pois o visual que te aguarda é surreal.
Trilha do Mirante da Pedra Azul
Então seguimos para a Trilha do Mirante da Pedra Azul de nível de dificuldade médio, com 1.800 metros de distância. Apesar dessa trilha ser de nível de dificuldade médio, achamos ela mais fácil.
Contudo, essa parte a trilha não é mais coberta pela Mata Atlântica. Então você não encontrará tantas árvores pelo caminho e tomará muito sol (caso o dia esteja ensolarado, claro).
Não se esqueça de levar um chapéu ou boné e protetor solar, pois você vai precisar.
Gastamos em média 30 minutos para fazer a Trilha do Mirante da Pedra Azul. Quando você chegar ao Mirante vai encontrar uma mesa e ao lado uma placa Mirante. A princípio você não vê nada, apenas muito mato. Mas basta andar alguns metros que você terá uma surpresa.
Desse modo, no local você tem uma vista panorâmica dos municípios de Castelo, Venda Nova do Imigrante, Domingos Martins e Vargem Alta. Aliás, você pode avistar a Pedra Azul (essa não vai ser difícil encontrar), o Frade e a Freira, o Parque do Itabira e o Pico da Bandeira.
Quando vimos aquela vista ficamos extasiadas. Acho que é impossível descrever a vista do Mirante do Forno Grande em palavras. Mas o lugar é surreal e a vista que se tem da Pedra Azul e Pedra do Lagarto é incrível.
Amamos tanto o mirante que quando fomos ver as horas já era 4 horas da tarde e o parque fechava às 5 horas, e ainda tínhamos que aproveitar um pouco das piscinas naturais.
Nossa descida do parque
Após aproveitar bastante o Mirante, começamos nossa descida para os Poços Amarelos. Essa foi a descida mais rápida, foi exercício ao extremo, praticamente descemos correndo. Afinal tinhamos pouco tempo para aproveitar as piscinas naturais do Forno Grande.
Assim, finalmente aproveitamos um pouco das piscinas naturais. A essa altura todo mundo já estava descendo a trilha. Foi uma pena que não aproveitamos muito as piscinas, mas o pouco que ficamos foi maravilhoso.
Não deixe para chegar muito tarde ao Parque Estadual do Forno Grande, senão tem o risco de não aproveitar tanto as piscinas naturais.
Apesar do parque fechar às 17 horas, ficamos nas piscinas até às 17 horas.
Assim, às 17 horas iniciamos o resto da nossa descida. Como já falei foi exercício físico ao extremo e gastamos apenas 20 minutos para chegar à base do parque novamente. E o medo de encontrar a tal onça que todo mundo vê no caminho de volta.
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Como chegar no Parque Estadual do Forno Grande
Para chegar ao Parque Estadual do Forno Grande pegamos o pior caminho, pois andamos muito na estrada de terra.
Mas você tem outras opções de rotas para chegar ao parque. Vamos indicar as rotas saindo da capital Vitória, mas recomendamos que você use o Google Maps para evitar ficar perdido nas Montanhas Capixabas.
Saindo de Vitória você pode chegar até Domingos Martins pela BR – 262. Ao chegar em Pedra Azul entre na Rodovia ES – 164 (sentido Vargem Alta), e depois entre na Rodovia ES-477. A partir daí é só seguir por aproximadamente 11 quilômetros. Depois pegue a direta e siga por mais 11 quilômetros, seguindo as placas indicativas do Parque Estadual do Forno Grande.
O outro caminho é pegar a Rota do Lagarto em Pedra Azul, Domingos Martins.
A Rota do Lagarto é uma estrada charmosa de aproximadamente 8 km e sua entrada é na BR-262, Km 89. Logo na entrada da rota, além de um termômetro e o letreiro “Eu Amo Pedra Azul” você vai encontrar a Casa do Turista onde pode ter algumas informações turísticas. A Rota do Lagarto é toda pavimentada em paralelepípedos e possui livre acesso. Ao longo da rota você vai encontrar lojas de souvenir e bebidas, hospedagens, restaurantes e cafés.
Após percorrer a Rota do Lagarto pegue a direita na Rodovia ES-164 e ande por aproximadamente 5 quilômetros até uma rotatória. Nessa rotatória pegue a direita e ande por mais 13 quilômetros até chegar ao parque.
Lembrando que se você pegar a rota certinha vai andar apenas 2 quilômetros de estrada de terra para chegar ao Parque Estadual do Forno Grande (isso já no final do percurso).
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Dicas para melhor aproveitar o parque
No Parque Estadual do Forno Grande você não vai encontrar nenhum tipo de lanchonete, então leve seu lanche e água.
Caso queira abastecer seu vidro de água, você vai encontrar um bebedouro no Centro de Visitantes, bem como algumas bicas pelas trilhas (pode beber a vontade que é limpinha).
No percurso das trilhas você também vai encontrar algumas mesas com banquinhos, caso queira parar para o lanche. Mas leve um saco plástico para armazenar o lixo e claro, traga-o de volta após o passeio.
Evite fumar dentro do parque, afinal de contas você não quer correr o risco de colocar fogo nele.
É proibida a retirada de qualquer material natural ou mineral, bem como consumir bebida alcoólica.
Não se esqueça do chapéu ou boné, óculos, protetor solar, roupa e calçado apropriado para trilha.
O Parque Estadual do Forno Grande possui trilhas muito bem sinalizadas e com boa estrutura. Mas como cuidado nunca é demais, não saia das trilhas, afinal você não quer se perder no meio da Mata Atlântica.
Prefira fazer a trilha de tênis, pois além de confortável é mais seguro. E por fim, tenha cuidado durante a trilha e se ver algum animal jamais o ataque, deixe que ele vá embora sozinho, pois é você que está no habitat dele.
Você pode chegar ao Parque Estadual do Forno Grande de carro ou contratando um passeio privado.
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